
Michael Helfenberger, Delegado do Conselhos dos Suíços no Exterior (ASO), 2020 a 2025, trabalha atualmente na UBS em São Paulo.
1. O que o levou a decidir se estabelecer no Brasil e como foi seu primeiro contato com a cultura brasileira?
Michael Helfenberger: Minha mãe é brasileira e meu pai é suíço. Eu cresci (na Suíça) entre duas culturas e sempre quis trabalhar em uma empresa suíça no Brasil. A vida me levou primeiro ao Panamá, ao Reino Unido, ao México, à Espanha, aos EUA e ao Uruguai, mas há cerca de 6 anos recebi a proposta de me transferir para São Paulo.
2. Quais são as principais diferenças que você notou entre o estilo de vida suíço e o brasileiro?
Michael Helfenberger: A tranquilidade dos brasileiros é notável. No entanto, a cultura de trabalho - especialmente em São Paulo - é impressionante. Não é incomum encontrar o escritório ainda “cheio até a boca” às 19h e 20h.
3. Como sua identidade suíça influencia sua vida cotidiana aqui no Brasil?
Michael Helfenberger: Sou muito organizado e geralmente pontual. Isso é apreciado pelas pessoas ao meu redor.
4. De quais aspectos da Suíça você sente mais falta e quais você acha semelhantes aqui?
Michael Helfenberger: O trânsito atrapalha bastante a vida cotidiana. Além disso, o sistema de escola pública na Suíça é fantástico - no Brasil, infelizmente, as crianças têm de frequentar a escola pública.
5. Existe alguma coisa do Brasil que você aprendeu a amar e que gostaria de ver mais na Suíça?
Michael Helfenberger: A serenidade dos brasileiros seria boa para o “Buenzli” suíço.
6. Que conselho você daria a um suíço que quer ou precisa se mudar para o exterior?
Michael Helfenberger: Não tente sempre comparar tudo com a Suíça. Aproveite os aspectos positivos do país anfitrião e ignore os negativos.
7. Como você descreveria a comunidade suíça no Brasil? Há algum evento ou tradição que vocês continuam a celebrar?
Michael Helfenberger: As tradições suíças ainda estão muito vivas na Colônia Helvetia (em Indaiatuba). O folclore e a tradição são preservados de uma forma que raramente vemos até mesmo na Suíça!
A entrevista está em uma versão mais curta no aplicativo "Swiss in Touch" (link).