Delegado do Conselho dos Suíços no Exterior (ASO), 2020 a 2025, empreendedora e diretora da SAVAS em São Paulo, empresa de representação de tecnologias suíças no Brasil.
1. O que o levou a decidir estabelecer-se no Brasil e como foi o seu primeiro contacto com a cultura brasileira?
Nasci em São Paulo, mas cresci na comunidade Suiço-Brasileira em São Paulo, além de ter estudado na escola Suiço-Brasileira.
2. Quais as principais diferenças que notou entre o estilo de vida suíço e o brasileiro?
Os brasileiros são muito mais relaxados no que diz respeito a pontualidade e compromissos sociais. Os eventos/jantares sociais são bem mais tarde e há uma flexibilidade quanto ao horário de chegada, inicio e fim. Já na Suíça, a pontualidade é uma caraterística.
3. Como é que a sua identidade suíça influencia a sua vida cotidiana aqui no Brasil?
Acredito que a minha origem suíça me traz características quanto a organização e pontualidade e planejamento.
4. Quais são os aspectos da Suíça de que mais sente falta e quais são os que lhe parecem mais semelhantes?
As atividades ao ar livre, como as caminhadas nas montanhas, e os supermercados Migros e Coop, que são únicos. Atividades no parque como fazer um piquenique são semelhanças entre as culturas.
5. Há alguma coisa do Brasil que tenha aprendido a gostar e que gostaria de ver mais na Suíça?
Lidar com improvisação e, de uma forma geral ser mais relaxado.
6. Que conselho daria a um suíço que queira ou tenha de se mudar para o estrangeiro?
A principal dica que daria é para não comparar culturas e sim, aproveitar ao máximo o que cada país tem de melhor a oferecer.
7. Como descreveria a comunidade suíça no Brasil? Há algum evento ou tradição que vocês continuam a celebrar?
O Brasil é um país muito grande geograficamente, então há diferentes regiões do país com comunidades suíças distintas. Todas elas são muito acolhedoras e integradas. O tradicional 1º de agosto é celebrado em todo o Brasil em diferentes festas ao longo do mês de agosto. Em São Paulo e já a algum tempo, temos um happy hour todas as primeiras terças-feiras. No final do ano, recomendo o bazar da escola Suiço-Brasileira, bem como a Festa da Tradição e a noite da Raclete em Indaiatuba.
A entrevista está em uma versão mais curta no aplicativo "Swiss in Touch".
